Sem título- Flávio Tavares (2000). Litogravura

Mães

Diana Braga

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Ela prospera em meio ao caos
Onde ela toca, flores brotam
De suas mãos saem vida
Afugentando o cinza urbano
É a alegria das manhãs
A risada alta das segundas-feiras
A força dos que dela dependem
Mas não a veem
Ninguém vê seu pesar
Ninguém vive seu luto
Ninguém pergunta os seus medos
Ninguém conhece seus infortúnios
Ela é seu próprio guia
Seu próprio juiz, seu próprio refúgio
Sozinha caminha
Revitalizando túmulos

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Diana Braga

Não faço poesias. Vomito palavras. Diário pessoal.